O dia da eleição está chegando e com ela as propagandas eleitorais, onde os candidatos farão suas propostas e mostrarão que eles são os mais aptos para administrar Cuiabá. De acordo com a nova Resolução do TSE n° 23.457/2015 que trata da propaganda eleitoral, do horário gratuito no rádio e na TV, que reduziu o tempo limite de propaganda eleitoral, de 90 para 45 dias.

Com base nisso, o consultor político Cláudio Cordeiro nos diz o que a população cuiabana deve esperar das campanhas eleitorais, na TV e no rádio. De acordo com ele, com a minirreforma de 2015, a estrutura da veiculação das mídias mudou. “O eleitor será mais impactado e poderá analisar melhor os candidatos”, relata.

Cláudio Cordeiro cita duas formas de fazer a propaganda eleitoral: “Podemos dividir as propagandas eleitorais em duas partes, a primeira se chama pré-campanha, onde a única coisa que o candidato não pode fazer é pedir voto explicitamente. Já a segunda, o candidato pode e deve pedir votos”. O período da campanha eleitoral começa no dia 16 de agosto e as propagandas no rádio e TV começam a ser veiculadas a partir do dia 26 do mesmo mês.

O trabalho começa com a pré-candidatura, formando a equipe e podendo prospectar ideias e ideais para a sua campanha. “Hoje, as pessoas votam no candidato, antes os partidos tinham as suas ideologias afloradas, mas com o passar dos anos perderam essa representação, diante disso, será necessário um trabalho de médio e longo prazo, para se reposicionarem com as suas ideologias novamente”, conta o consultor.

“Diante desse cenário, a sociedade mais uma vez insurge de uma forma diferente. Desta vez, o eleitor está muito mais preocupado em saber a integridade do candidato, dessa maneira o seu passado vai contar bastante”.

O que sempre os eleitores buscam são resultados, pois, para ele, quando confirma o voto da urna ele quer que o eleito faça até mais do que ele propôs na campanha. “Outra forma que o eleitor quer enxergar nas propagandas são atitudes coerentes e práticas, coisas que o mesmo consiga cobrar e acompanhar de perto”, enfatiza Cláudio Cordeiro.

Ele nos conta uma experiência que viveu há poucos dias. “Eu estive recentemente conversando com alguns eleitores dentro de uma pesquisa qualitativa e me surpreendi o quanto os mesmos estão politizados. Todos sabiam detalhes da carreira e da atuação dos políticos tradicionais e também insistiam em dizer que nesta eleição irão preferir apoiar apenas um candidato em toda a comunidade”.

Os jovens, que acabaram de tirar seu título eleitoral são o foco e a preocupação dos candidatos, pois são eles que formam opinião dentro do seu ciclo e não viveram intensamente eleições anteriores. “Essa nova geração de eleitores está enojada com a corrupção e isso também poderá resultar no seu afastamento da política, situação esta preocupante e que já vem acontecendo”.

Propagandas eleitorais anteriores

Relembrando um pouco de como eram as eleições antigamente, onde se viam cartazes, santinhos, camisetas, placas, espalhados por Cuiabá, para Cordeiro essa prática também era democrática, agora, com a proibição, o foco será nas redes sociais. “Eu particularmente gostava muito daquela poluição visual, pois me trazia uma sensação feliz da democracia, e um envolvimento da massa, hoje, com a proibição de quase tudo, restou apenas a guerra virtual, fria e sem emoção”.

João Alves